Aprenda os conceitos do IOF, como ele impacta as transações financeiras no Brasil e qual é seu papel na regulação e tributação no país.






O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) vem sendo tema de discussão frequente nos últimos meses, muito devido às mudanças trazidas pelo governo federal brasileiro neste tributo, que impactam diretamente pessoas e empresas. É um tema que é de relevância tanto nacional quanto internacional, uma vez que também afeta negócios internacionais que operam no Brasil.
O IOF é um tributo que incide sobre diversas operações financeiras realizadas no Brasil, como operações de crédito, câmbio, seguros, investimentos e valores mobiliários, com alíquotas variadas conforme o tipo de transação. Entender o IOF é fundamental para um planejamento preciso, bem como ter clareza sobre esse importante elemento do ecossistema financeiro do Brasil.
Neste artigo, iremos explorar:
O IOF é um instrumento do sistema tributário brasileiro que nasceu no ano de 1966, e tinha incidência inicialmente apenas sobre operações de crédito e seguro. Após a Constituição de 1988, sua abrangência foi ampliada para incluir também operações de câmbio, de títulos e valores mobiliários.
Diferentemente da maioria dos impostos, o IOF possui uma característica única: suas alíquotas podem ser modificadas por decreto presidencial e entrar em vigor instantaneamente. Esta flexibilidade faz dele uma ferramenta fundamental para ajustes rápidos na política econômica, especialmente para controle da inflação.
Além da função arrecadatória, o imposto também permite ao governo monitorar o volume e perfil das movimentações financeiras, como crédito, transações internacionais, entre outras operações.
No cotidiano financeiro, encontramos o IOF em múltiplas transações. Veja os principais tipos de operação onde existe a incidência deste imposto.
Nota: IOF varia conforme se trata de câmbio comercial (para importações e exportações) ou financeiro (transferências, investimentos ou turismo).
Em 2025, o IOF permaneceu em destaque na mídia e no ambiente corporativo, após as mudanças anunciadas pelo governo em maio, que foram inicialmente revogadas e depois implementadas com algumas alterações no mês de julho. Diante de tantas idas e vindas, surgiram muitas dúvidas sobre qual é a alíquota vigente para as operações sujeitas ao IOF.
Confira as alíquotas vigentes após as alterações:

O governo brasileiro manteve uma separação rígida entre o que é comércio exterior (Importação e Exportação) e o que é movimentação financeira (Dinheiro e Serviços).
Enquanto o IOF para uma remessa internacional entre contas de uma mesma empresa subiu para 3,5%, o IOF para empresas que importam e exportam permaneceu zerado na maioria dos casos, para não gerar inflação interna.
As alíquotas do IOF impactam diretamente no planejamento financeiro de pessoas e empresas e algumas das alterações recentes representam uma diferença significativa que pode afetar o fluxo de caixa.
Vemos um cenário em que o financiamento e a antecipação de recebíveis ficaram mais caros, bem como as compras internacionais e investimentos também foram afetados. Portanto, é importante conhecer algumas estratégias práticas para mitigar os efeitos do IOF na liquidez do seu negócio.
Gerenciar contas e recebíveis diretamente em moeda estrangeira é uma estratégia crucial para evitar custos desnecessários de conversão e o acionamento de eventos tributáveis. Ao manter fundos na moeda original, a empresa cria um hedge natural e utiliza esses recursos para obrigações internacionais futuras sem converter de volta para a moeda local.
💡As soluções de contas virtuais da Conduit são essenciais para essa abordagem, fornecendo uma infraestrutura robusta para a gestão de tesouraria global que permite às empresas manter, gerenciar e alocar saldos em multimoedas de forma eficiente, evitando assim a exposição cambial e tributária repetida.
Ao comprar produtos e serviços corporativos, é fundamental buscar formas de pagamento com menor incidência de IOF. Por exemplo, optar por pagar via invoice internacional (remessa) referente a um contrato de importação de serviços, em vez de usar um cartão de crédito corporativo, pode reduzir drasticamente a carga tributária de 3,5% para 0,38%, ou até 0% em casos específicos.
💡A plataforma de contas a pagar da Conduit foi projetada especificamente para facilitar essa otimização. Além da possibilidade de reduzir a exposição ao IOF permitindo pagamentos eficientes de invoices, a plataforma também reduz significativamente os custos transacionais e otimiza as margens, garantindo que os pagamentos cross-border sejam os mais econômicos possíveis.
Em um cenário onde as taxas de impostos e de câmbio flutuam, controlar a volatilidade é primordial para a estabilidade financeira. As empresas devem adotar mecanismos de proteção (hedge) proativos para travar custos e proteger as margens de lucro contra desvalorizações cambiais repentinas ou ajustes tributários regulatórios.
Isso envolve o monitoramento cuidadoso da exposição cambial e o timing das remessas para garantir que o negócio não seja pego desprevenido por condições de mercado desfavoráveis e que ainda aumentam o custo de impostos como o IOF.
Para empresas com liquidez no Brasil, prestar atenção à tabela regressiva do IOF em investimentos de renda fixa é essencial. Como o imposto incide pesadamente sobre resgates de curto prazo (diminuindo de 96% para 0% ao longo de 30 dias), um planejamento eficiente de fluxo de caixa deve priorizar a manutenção dos ativos por pelo menos 30 dias para obter isenção fiscal total sobre os rendimentos. Para investimentos internacionais, garantir que as remessas sejam classificadas corretamente, também pode evitar o pagamento de taxas mais altas.
O mercado de ativos digitais vive um momento de transformação com a implementação das novas resoluções do Banco Central do Brasil voltadas para as Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (Virtual Assets Service Providers ou VASPs), lançadas em novembro deste ano.
É fundamental compreender que, neste primeiro momento, essas normativas possuem um caráter estritamente regulatório e de compliance, focadas na prevenção à lavagem de dinheiro e na identificação das partes envolvidas nas transações. O objetivo atual é dar visibilidade ao regulador sobre o fluxo de capitais e garantir que as prestadoras operem com padrões de governança similares aos das instituições financeiras tradicionais, sem alterar imediatamente a estrutura de impostos vigente para a compra do ativo em si.
Atualmente não há a incidência de IOF nas transações internacionais por infraestrutura de stablecoins. No entanto, não é descartado que em breve a normativa seja ampliada para o âmbito tributário, e que haja a incidência de IOF sobre a liquidação de pagamentos com stablecoins, equiparando com as operações de câmbio tradicionais.
A Conduit oferece a infraestrutura completa para que sua empresa integre pagamentos via stablecoins com total conformidade, segurança e agilidade. Conecte-se hoje mesmo a fluxos financeiros mais eficientes, reduza seus custos transacionais e transforme sua gestão de pagamentos e de tesouraria em uma vantagem competitiva. Fale com nossos especialistas e descubra como operar sem fronteiras e com margens otimizadas.
É o Imposto sobre Operações Financeiras, um tributo brasileiro que incide sobre operações de crédito, câmbio, seguros, investimentos e valores mobiliários.
Além da função de arrecadação, ele atua como uma ferramenta regulatória da economia (controle da inflação) e permite ao governo monitorar o volume e o perfil das movimentações financeiras no país.
Adotando estratégias como: realizar gestão de tesouraria global (mantendo saldo em moeda estrangeira), substituir o uso do cartão de crédito corporativo por pagamentos via invoice (remessa), fazer hedge para controle de volatilidade e respeitar o prazo de 30 dias em resgates de investimentos de renda fixa.
Atualmente não, pois as normas recentes têm caráter apenas regulatório, e não tributário. No entanto, há expectativa de que o imposto passe a incidir em breve para equiparar essas operações ao custo tributário do câmbio tradicional.