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SEPA, Pix, Fedwire, etc: Como as stablecoins conectam redes isoladas ao modelo cross-border

Redes domésticas são rápidas, mas isoladas. Veja como stablecoins criam interoperabilidade para o modelo cross-border.

Conduit
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Conduit
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December 16, 2025
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As redes locais de pagamentos , como SEPA, Fedwire, FPS, SPEI, M-Pesa, Pix e outras, são a espinha dorsal dos ecossistemas financeiros modernos. Todos os dias, elas suportam bilhões de transações domésticas com velocidade e eficiência notáveis.

Em suas respectivas regiões, esses sistemas transformaram a forma como pessoas e empresas movimentam dinheiro, permitindo liquidação instantânea, alta disponibilidade e baixo atrito operacional. Seu impacto na inclusão financeira, na digitalização e na economia é inegável, fazendo dessas redes as mais avançadas e confiáveis do mundo.

No entanto, quando falamos de transações cross-border, o cenário é muito diferente e menos eficiente, com falta de interoperabilidade entre redes de pagamento de diferentes regiões.

Essa ausência de conexão não é um defeito, mas sim uma consequência do desenho original desses sistemas. Eles foram criados para operar como redes domésticas fechadas, restritas à moeda de sua própria região, e não como pontes para pagamentos globais. Para transferências internacionais, essas redes ainda dependem de sistemas legados como o SWIFT.

Por que as redes de pagamento não são interoperáveis para pagamentos globais

Esses sistemas seguem regras rigorosas e enfrentam barreiras de diferentes naturezas que impedem uma integração com outras redes de pagamento. Entre os principais motivos estão:

Barreira legal: As redes de pagamento locais operam sob regulamentações que só têm validade jurídica dentro de suas próprias jurisdições. Seus órgãos reguladores não têm autoridade para impor prazos de execução, condições de reembolso ou estruturas de tarifas a bancos de outros países ou regiões.

Barreira cambial e tecnológica: Os sistemas domésticos de pagamento são projetados para liquidar exclusivamente na moeda local. Eles não incluem mecanismos nativos de conversão cambial (FX) em sua camada central de liquidação.

Desconexão de redes: Não existe um “via” direta que conecte o sistema de compensação de um país ao de outro. Uma rede doméstica não consegue, de forma nativa, direcionar pagamentos para a rede de compensação estrangeira.

Padronização de dados: Embora o mundo esteja avançando na direção do padrão ISO 20022, a adoção global ainda é fragmentada. A forma como um sistema doméstico estrutura os dados de um pagamento pode não ser totalmente compatível com instituições fora desse esquema.

Em resumo, sistemas A2A exigem conexões bilaterais ou multilaterais entre infraestruturas nacionais e regras locais. Construir esses vínculos normalmente demandava grande coordenação institucional, padronização de dados, alinhamento de protocolos de autorização e confiança regulatória – até o surgimento das stablecoins.

Stablecoins: a solução para maior interoperabilidade nos pagamentos cross-border

A tecnologia por trás das stablecoins surgiu não como um substituto, mas como a “via” que sempre faltou, uma camada capaz de conectar redes de pagamento que historicamente operam de forma isolada, como Fedwire, SEPA, Pix, ACH, CHAPS, M-Pesa e FPS.

O mercado de stablecoins vem crescendo rapidamente e ultrapassou US$ 300 bilhões em valor de mercado em 2025. Pagamentos B2B já representam a maior parte desses fluxos, com volumes transacionais que aumentaram 50 vezes desde 2023.

Estados Unidos, Singapura, Hong Kong, Japão e Reino Unido foram os países que mais movimentaram volumes em stablecoins.

Como as stablecoins se conectam aos sistemas locais de pagamento

O avanço das stablecoins é evidente, mas é essencial entender como elas se integram às redes de pagamento em diferentes regiões e permitem transações mais rápidas e transparentes.

Por estarem ancoradas em uma blockchain, as stablecoins funcionam como uma camada neutra, global e disponível 24/7. Isso transforma a blockchain em um trilho universal capaz de conectar infraestruturas como SEPA, Fedwire, CHAPS e outros sistemas domésticos, permitindo que o valor circule entre eles sem a necessidade de integrações diretas ou acordos bilaterais complexos.

Aqui está um exemplo de como tecnologias tradicionais e emergentes convergem para possibilitar transações mais rápidas e eficientes. A Conduit realiza a conversão on-ramp e off-ramp entre moeda fiduciária e stablecoins, com a liquidação passando pela blockchain integrada à nossa infraestrutura.

Esse modelo é possível porque as blockchains operam como infraestruturas globais e sem fronteiras de liquidação, enquanto as stablecoins fornecem um ativo estável e interoperável que não está vinculado a nenhuma jurisdição específica. Como resultado, empresas podem liquidar fundos em qualquer rede de pagamentos doméstica utilizando o mesmo ativo digital, simplificando processos, reduzindo custos e acelerando as transações. 

Assim como em qualquer transação cross-border, transferências com stablecoins seguem as regulamentações locais e incorporam processos internacionais padronizados de compliance e PLD, incluindo KYB, KYC e monitoramento de transações.

Isso representa um grande avanço em comparação aos sistemas tradicionais, onde os pagamentos passam por uma rede fragmentada de correspondentes, cada um com seus próprios processos, prazos e tarifas, fatores que tornam a experiência opaca e imprevisível.

Nesse contexto, as stablecoins surgem como uma tecnologia essencial para um ecossistema cada vez mais conectado, no qual economias, empresas e indivíduos interagem diariamente com agilidade, independentemente das fronteiras geográficas.

À medida que o uso das stablecoins se expande significativamente e as mudanças regulatórias se aproximam, uma coisa é clara: seu crescimento não é uma fase passageira, mas uma mudança estrutural que veio para ficar.

Conheça a Conduit: a infraestrutura baseada em stablecoins que conecta redes de pagamento locais no mundo todo

A evolução dos pagamentos globais exige mais do que infraestruturas domésticas rápidas. Ela demanda uma camada de liquidação neutra, interoperável e sempre ativa, capaz de conectar sistemas de diferentes regiões. As stablecoins fornecem exatamente essa camada, superando barreiras que as infraestruturas locais nunca foram projetadas para resolver.

A Conduit leva essa nova camada de pagamentos interoperáveis para empresas em todo o mundo. Nossa plataforma, impulsionada por stablecoins, conecta redes globalmente com liquidação em tempo real, capacidades multimoedas e integrações fluidas.

Se o seu negócio precisa mover dinheiro entre países com a velocidade, eficiência e transparência que a era digital exige, a Conduit é a infraestrutura que torna isso possível.